segunda-feira, 14 de março de 2011

O Corpo

Este corpo que uma vez foi meu universo,
É agora uma insignificância carregada pela alma –
Seu movimento de Titã suporta esta apertada bolsa,
Percorrendo vastidões rumo a uma mais vasta meta.

Pequeno demais era ele para atender à gigantesca necessidade
Que somente a infinitude pode satisfazer:
Este habitante o conserva ainda, pois nas dobras está escondido
Ser secreto passaporte para a eternidade.

Em sua frente um Tempo e um Espaço ilimitados desdobram
A paisagem de seus dourados acontecimentos;
O coração é enchido com uma doce e violenta alegria,
A mente aferrou-se a coisas grandes distantes.

Quão crescido coincidente com o mundo todo
É o pequeno habitante nesta estreita casa!

Sri Aurobindo

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