segunda-feira, 21 de março de 2011

Sadhana

Sadhana é um termo sânscrito cuja raiz, sadh, significa resgatar aquilo que é divino em nós, nosso poder de cura, nosso poder de servir, de nos alegrarmos, ou de elevarmos nosso espírito. As práticas da sadhana englobam todas as nossas atividades diárias, desde a mais simples até as mais sublimes, desde a preparação das refeições até a exploração de nosso ser interior na meditação. A meta da sadhana é permitir o resgate de nossos ritmos naturais e o realinhamento da vida interior e dos hábitos cotidianos com os ciclos universais. Quando começamos a viver e nos mover de acordo com os ritmos da natureza, nossa mente torna-se mais lúcida e mais pacificam e a saúde imediatamente melhora. Toda a nossa vida se torna então mais fácil.
Fonte: Livro “O caminho da prática” – Bri Maya Tiwari - http://www.wisearth.org/  

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Corpo

Este corpo que uma vez foi meu universo,
É agora uma insignificância carregada pela alma –
Seu movimento de Titã suporta esta apertada bolsa,
Percorrendo vastidões rumo a uma mais vasta meta.

Pequeno demais era ele para atender à gigantesca necessidade
Que somente a infinitude pode satisfazer:
Este habitante o conserva ainda, pois nas dobras está escondido
Ser secreto passaporte para a eternidade.

Em sua frente um Tempo e um Espaço ilimitados desdobram
A paisagem de seus dourados acontecimentos;
O coração é enchido com uma doce e violenta alegria,
A mente aferrou-se a coisas grandes distantes.

Quão crescido coincidente com o mundo todo
É o pequeno habitante nesta estreita casa!

Sri Aurobindo

Educação Psíquica - I

“Essencialmente há apenas uma única razão real para viver: é conhecer a si mesmo. Nós estamos aqui para aprender – aprender o que nós somos, porque estamos aqui, e o que temos que fazer. E se nós não soubermos isto, nossa vida é inteiramente vazia – para nós mesmos e para os outros”
A MÃE

Essas poderosas palavras dA Mãe dizem tudo. Mas o que ela realmente quer dizer quando diz que a razão para viver é “conhecer a sim mesmo”? Quer dizer que alguém se conhece quando descobre que tem uma bela voz e gosta de cantar ou que não gosta de matemática? Estas coisas são conhecimentos sobre nossa natureza superficial, mas o conhecimento real sobre nós mesmos é um conhecimento interior do real e eterno eu. O que A Mãe quer dizer é que, se nós realmente queremos conhecer a nós mesmos e aprender porque estamos aqui, temos que entrar num contato consciente com nossa alma.
Por quê? A alma é uma centelha do próprio Divino. Está no nosso eu mais íntimo. Só a alma em nós conhece a verdade e pode ajudar a tomar as decisões baseadas nessa verdade.
Nosso ser exterior (que é feito de nossa mente, nossa emoções e personalidade, e nosso corpo) supõe-se expressar não só as qualidades da alma, mas também as decisões tomadas por ela.
O ser exterior não deve ser quem toma as decisões, porque não pode ver a verdade. É assim por causa do processo evolutivo. Na evolução Deus primeiro criou de si próprio a matéria. Mas na matéria a consciência está tão escondida que parece não haver consciência; é chamado de inconsciência. As rochas pertencem a esta camada mias inconsciente da criação.  Já que foi a vontade de Deus revelar mais, as plantas evoluíram. Este processo continuou e revelou-se mais ainda na forma dos animais. E então o homem, o animal pensante foi criado. Embora o homem seja a mais alta forma desenvolvida até agora, seu corpo, vital e mental tem ainda muito da ignorância original da matéria  nele. É por isso que partes de nós mesmos não podem tomas as melhores decisões. Só quando aprendemos a ouvir nosso centro divino, nosso psíquico, que podemos tomar decisões em harmonia como nossa mais alta meta.
Fonte: Livro Psychic Education - Neeltje Huppes

sexta-feira, 11 de março de 2011

Evolução


“Existe uma evolução ascendente na natureza que vai da pedra a planta, da planta ao animal, do animal ao homem. Por ser, no momento, o último degrau no auge da evolução ascendente, o homem se considera como o estágio final nesta ascensão e acredita que não pode haver nada no mundo superior a ele. No que está enganado...Sri Aurobindo veio a terra para ensinar esta verdade ao homem. Ele disse a eles que o homem é apenas um ser de transição vivendo numa consciência mental, mas com a possibilidade de alcançar uma nova consciência, a Verdadeira-consciência, e capaz de viver uma vida de perfeitamente harmoniosa, boa e bela, alegre e totalmente consciente.”

A MÃE

Fonte: Livro - Psychic Education - Neeltje Huppes

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Mãe Divina

Os quatro Poderes da Mãe são quatro de suas Personalidades notáveis, porções e encarnações de sua divindade por meio das quais ela age sobre suas criaturas, oferece e harmoniza suas criações nos mundos e direcionam a ação de milhares suas forças. Pois a Mãe é uma, mas ela surge diante de nós com aspectos diferentes, muitos são os seus poderes e personalidades, muitas suas emanações e atributos (Vibhutis) que fazem seu trabalho no universo. Aquela a quem adoramos como a Mãe é a Força da divina Consciência que domina toda a existência, una e ainda assim tão multifacetada que seguir o seu movimento é impossível, mesmo para a mente mais rápida e para a inteligência maior e mais aberta, a Mãe é a consciência e vigor do Supremo e acima de tudo o que ele cria. Mas alguma coisa de seus métodos pode ser vista e sentida através de suas encarnações e mais mensuráveis, por causa do temperamento que define e limita e o efeito dos aspectos da deusa que consente em se manifestar em suas criaturas.
Existem três modos de ser da Mãe do qual você pode tornar-se consciente quando entra em contato com a Força una de consciência que nos sustenta e ao universo. Transcendente, a Shakti original e suprema está acima dos mundos e liga a criação ao mistério sempre imanifesto do Supremo. Universal, a Mahashakti cósmica, cria todos esses seres, contém e penetra, apóia e realiza todos estes milhões de processos e forças. Individual, ela encarna o poder dessas duas vastas formas da sua existência, torna-as vivas e próximas de nós e intermedeia a personalidade humana e da Natureza divina.
Fonte: Livro - The Mother - Sri Aurobindo